Conheça e entenda sobre a taxa SELIC

por Bernardo Pina

Volta e meia ouvimos falar sobre a taxa SELIC pelos vários meios de comunicação (radio, televisão, jornais, revistas, etc.), mas poucos sabem o que é e como o seu aumento ou queda influencia as nossas vidas. Pensando nisso, hoje eu quero ajudar você a entender essas e outras questões. Vamos lá?

O que é SELIC?

O SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é um sistema informatizado que foi criado para gerenciar a emissão e negociação dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional.

Os títulos públicos são uma espécie de empréstimo que o governo faz com pessoas físicas e jurídicas. Pense nesse título como se fosse uma nota promissória ou um empréstimo que o governo faz falando que vai te pagar o dinheiro que você emprestou pra ele em um tempo determinado a uma taxa de X% de juros.

E afinal, o que é a taxa SELIC e por que ela é chamada de “taxa básica de juros”?

Pois bem, a média diária dessas taxas de X% que eu mencionei logo acima é a famosa taxa SELIC e serve como referência para todas as outras taxas que existem na nossa economia.

Certo, mas por quê?

Vamos parar pra pensar… A taxa de juros de qualquer empréstimo comum é geralmente norteada por dois fatores:

1. Quantidade de tempo que vai demorar para receber o valor emprestado e o lucro de volta
Quando emprestam o seu dinheiro, os bancos querem esse dinheiro de volta o mais rápido possível juntamente com o lucro que obtiveram nesse empréstimo. Se o tempo para receber é maior, a taxa de juros também tem que ser maior para compensar o tempo que o banco ficará sem esse dinheiro.

2. O risco da inadimplência
Existem várias formas de se medir se uma pessoa tem ou não boas chances de se tornar inadimplente e não pagar o valor devido. Quanto maior a chance da inadimplência, maior tem que ser os juros para que os bancos se resguardem no caso do não pagamento do valor devido.

De forma geral, quanto maior o risco e quanto maior for o prazo, maiores serão as taxas. No caso dos títulos públicos, quem deve dinheiro é o governo. Como eu disse lá em cima, um título público é um empréstimo que o governo faz com quem compra o título e se pararmos para pensar, o risco de inadimplência quando se trata do governo é mínimo.

Acontece que uma das operações mais seguras do mercado é feita entre os bancos, aonde eles pedem dinheiro emprestado entre si por apenas um dia e oferecem seus títulos públicos como garantia do empréstimo. Assim os bancos devedores conseguem cobrir buracos no orçamento e os bancos credores conseguem lucrar com essas negociações de baixíssimo risco (prazo curtíssimo de um dia e tendo como devedor o governo).

Agora pense comigo… Se essa operação utiliza como garantia os títulos públicos, se esses títulos têm seus juros baseados na taxa SELIC e se essa operação é uma das mais seguras do mercado, todas as outras operações mais arriscadas irão tomar a taxa SELIC como referência para fazer o cálculo das suas taxas. Sendo assim, a ela acaba se tornando referência para todas as taxas da economia brasileira e se torna a conhecida “taxa básica de juros”.

CURIOSIDADE: existe também uma nomenclatura para a taxa de juros que é cobrada nos empréstimos entre os bancos. Ela é chamada de taxa DI (Depósito Interbancário) e é calculada fazendo-se a média das taxas cobradas em todos os empréstimos interbancários no decorrer de um dia.

A influência da taxa SELIC nas nossas vidas

Certo, você finalmente conseguiu entender o que é a taxa SELIC, por que ela é chamada taxa básica de juros e até o que é a taxa DI. Mas como que essas taxas todas influenciam nas nossas vidas?

Bem, basicamente através do crédito e da inflação.

1. No crédito

Querendo ou não, a nossa vida como consumidores é extremamente influenciada pelas taxas de juros dos empréstimos e financiamentos que contraímos para comprar imóveis, carros, produtos eletro-eletrônicos, etc. Agora me diga uma coisa… Você já parou para pensar de onde vem todo o dinheiro que nos é emprestado nesses financiamentos e empréstimos?

Dos bancos e financeiras, é claro. Essas entidades nos disponibilizam esse dinheiro a uma taxa de juros para que possam lucrar em cima de nós, pois sempre nos cobram juros mais altos dos juros que pagam nos seus empréstimos. É aqui que a taxa SELIC começa a influenciar as nossas vidas… Se ela influencia as taxas de juros dos empréstimos interbancários (dinheiro ao qual eles usam muitas vezes para nos fornecer o dinheiro que nós pegamos emprestado), consequentemente ela influenciará os juros que os bancos irão cobrar de nós.

Ou seja, quanto maior é a taxa SELIC, teoricamente maior serão os juros cobrados nos financiamentos e empréstimos.

2. Na inflação

Você não sabe o que é inflação? Clique aqui e leia esse excelente texto para entender do que se trata.

Como visto acima, o crédito é altamente influenciado pela taxa básica de juros e por consequência, o poder aquisitivo da população também (se existe crédito barato na praça, com certeza será muito mais fácil de comprarmos a tão sonhada televisão de plasma de 42 polegadas a “suaves” parcelas de R$200,00). Agora aqui vai uma nova informação: a taxa de inflação está diretamente ligada ao poder aquisitivo da população.

O aumento da inflação significa duas coisas:
1. Os preços dos produtos estão aumentando
2. O poder aquisitivo da população está diminuindo

Se tivermos mais dinheiro para comprar os produtos que desejamos e se tivermos mais crédito para financiar esses produtos, a lei da oferta e da procura dita que os preços irão subir por causa do aumento da demanda sobre esses produtos. É aqui que começamos a ver a inflação aumentando.

Se pararmos para puxar a memória, provavelmente lembraremos algumas declarações do presidente da república falando sobre o aumento na taxa básica de juros para controlar o aumento da inflação. Se a taxa básica (SELIC) aumentar, o crédito na praça será mais caro, as pessoas irão pensar mais cautelosamente antes de contraírem dívidas e consequentemente a procura por produtos irá diminuir. Assim os preços irão novamente reduzir e a população poderá comprar mais.

Fonte: Produzindo.net

Planejamento Digital, o que esperar dele?

por Gustavo Trentini

A expansão da internet no mercado brasileiro vem gerando novos empregos que requerem profissionais mais especializados e também oportunidades no mercado digital com novas soluções, formatos e estratégias. È uma revolução em todos os sentidos!

O cenário atual está em constante mutação, isso em virtude da rápida evolução da internet onde a disputa pela marca mais lembrada e vista em ambiente online se faz necessário a cada fração de segundo. Para isso, o uso de boas práticas de web e eficientes planejamentos de comunicação online vem sendo estudado, analisado e utilizado por Agências Digitais no intuito de propor uma abordagem melhor de marcas no meio online.

O Planejamento Digital juntamente a Estratégias de Publicidade On-line e web-marketing são cada vez mais adotados por empresas em todo mundo como um alternativa eficaz e de baixo custo. A web trouxe novas especializações para o já tão saturado mercado publicitário tradicional.

Mas o que esperar de um Plano de Marketing Digital (PMD)?

O mais importante do PMD é identificar uma empresa que tenha o perfil do seu negócio, pois ela é quem vais buscar informações e identificar as suas reais necessidades.

O planejamento (ou PMD) requer um estudo aprofundados sobre as características a serem abordadas no trabalho de pesquisas, análises, perfil do público-alvo, concorrência, comunicação, tendências, tecnologias, novas mídias entender o problema da empresa a ser resolvido e levar um diagnóstico para então ser traduzido em estratégias digitais que identificam e relacionam a marca ao consumidor. Em outras palavras o PMD traz informações relevantes para um planejamento digital eficiente com foco e direção, pois todos sabem que a internet possui um leque variado de opções e alternativas, por isso a importância de ter foco.

As estratégias em ambiente digital são soluções para problemas diagnosticados nas empresas, vezes culturais sendo necessário rever processos e maneiras de pensar e agir.

Fonte: Artigonal.com

"Pensódromo" aumenta 30% na produtividade

A Consultoria Pieraccianni criou um espaço silencioso onde o funcionário pode produzir tranquilo. Iniciativa reduziu o número de erros em 35%

Telefone, computador e internet, além da interação entre as pessoas, são vitais para o andamento de qualquer empresa. Porém, o uso excessivo de ferramentas tecnológicas e a preocupação em estar sempre conectado com os outros distrai funcionários e torna o local de trabalho menos produtivo.

Segundo pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, ao sermos interrompidos enquanto realizamos alguma tarefa, demoramos, pelo menos, 25 minutos para recuperar a concentração. O estudo constatou que o uso de telefone, MSN, redes sociais e e-mail faz com que a pessoa tenha a atenção desviada, o que aumenta o estresse e as chances de erro.

Para combater o problema, a Pieracciani, consultoria especializada em gestão de inovação, criou o pensódromo, espaço onde é possível trabalhar sem ser interrompido.

Valter Pieraccianni, sócio-diretor da empresa, diz que a iniciativa de montar o ambiente surgiu da necessidade de silêncio. “A sala principal da empresa não tem divisória porque é importante haver integração. Mas o barulho estava atrapalhando os consultores, principalmente os responsáveis por áreas criativas. Era preciso ter um outro lugar que permitisse o equilíbrio entre estudo, pesquisa e reflexão”.

O pensódromo é ventilado e amplo. As poltronas e cadeiras são confortáveis. É proibido o uso de telefone e a internet só está liberada para consulta. Em funcionamento há um ano, a criação do local foi amplamente apoiada pela equipe, composta por 30 pessoas.

Natali Vanali, coordenadora de metodologias do empreendimento, diz que a nova sala contribuiu para a melhoria do desempenho. “Foi uma medida simples, barata e que trouxe resultados. A produtividade aumentou em 30% e o número de erros caiu 35%”. Ela diz que hoje se sente mais confiante para cumprir metas. "Não adianta cobrar resultados e inovação e não disponibilizar um local adequado para que as boas ideias surjam".

Montar um pensódromo é simples e barato. Veja as dicas da Pieraccianni e faça o mesmo na sua empresa:

• Escolha uma sala ampla e arejada
• Coloque uma mesa de reunião ou mesas menores
• Opte por cadeiras e poltronas confortáveis
• Se possível, as paredes devem ser pintadas com cores claras
• O uso de celular ou telefone deve ser proibido, assim como as conversas paralelas.
• Estabeleça um número máximo de usuários por vez
• Libere a internet apenas para pesquisas
• Antes de autorizar a música ambiente, peça opinião aos funcionários. Na Pierccianni, por exemplo, a maioria preferiu o silêncio total.
• Lembre-se que o espaço deve ser criativo e não recreativo. Máquinas de jogos, lanchinhos e sofás contribuem para que os funcionários relaxem além da conta

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Livro: Virando a própria mesa

São muitos os livros não-técnicos sobre administração escritos no Brasil que têm um tom de auto-ajuda. Mas este não é o caso de Virando a própria mesa, de Ricardo Semler.

Publicado inicialmente em 1988, logo causou um alvoroço, pois aborda um tema que à época era tabu: empresas familiares (talvez ainda continue sendo, apenas em menor grau). Virou best-seller.

Com um humor ácido e críticas inteligentes ao governo – que diga-se não mudou muito nesses quase 20 anos – Semler disserta sobre a sua experiência a frente da Semco, empresa cuja direção direção herdou aos 28 anos de idade.

Virando a própria mesa trata de relações entre dirigidos e dirigentes, entre patrões e empregados. Mostra os percalços encontrados na profissionalização de sua empresa – leia-se demitir parentes e agregados sem merecimento técnico- e em toda uma mudança de cultura organizacional.

O livro aborda toda a trajetória que o autor percorreu, desde que assumiu a empresa em uma situação crítica (um só ramo industrial e pouquíssimos clientes) e prestes a falir em uma instituição que em várias ocasiões cresceu mais de 100% em um ano. Mostra não só os acertos, mas também os erros cometidos.

Com temas polêmicos que justificam o título Semler coloca em xeque ‘verdades absolutas’ da administração moderna, como organograma, rotação de cargos especificados e horário de trabalho fixo. Soa contemporâneo? Imagine isso em 1989!

Mesmo tendo sido escrito há quase duas décadas, Virando a própria mesa continua bastante atual.

Eleito em 1990 e 1992 Lider de Negócios do Ano e Homem de Negócios da América Latina pela revista América Economia, do Wall Street Journal), Semler é pós-graduado em Administração de Empresas pelo Harvard Business School e consultor requisitado de empresas como GM, Discovery Channel e NASA.

Virando a própria mesa – Uma história de Sucesso Empresarial Made In Brazil – Foi relançado em 2002 pela editora Rocco, e pode ser encontrado nas melhores livrarias por menos de 30 reais. Leitura mais que recomendada.

Fonte: Administrando.net