Empresa busca mercado externo com FGA

Cada vez mais, as pessoas adquirem e cuidam dos seus animais de estimação. E quem viu nisso uma boa oportunidade de mercado foram os empresários Ana Carolina e Marcelo Augusto Vaz, que montaram a Dog’s Care, uma empresa que atua desenvolvendo produtos de higiene para cães, com foco na inovação e consciência ambiental.

De acordo com a diretora Ana Carolina, a empresa teve um crescimento muito rápido. “Com apenas 4 anos de mercado vimos a Dog’s Care dobrar de tamanho de 2008 para 2009 e percebemos que para alcançar outros patamares, precisaríamos de ajuda profissional”. E foi neste momento que os diretores procuraram a equipe do SEBRAE, que auxiliou com o Programa Ferramentas de Gestão Avançada (FGA).

Contando com o apoio constante do consultor Luiz Antônio Gentile, da Germinal Consultores, a Dog’s Care conseguiu melhorar sua gestão em vários aspectos. “Enxergamos novas oportunidades, descobrimos nossos pontos fracos e traçamos metas para torná-los fortes”, confessou a diretora. Além disso, foram desenvolvidas melhorias significativas no fluxo de caixa, layout da fábrica, cultura interna e postura gerencial.

A solução do SEBRAE ajudou a definir os novos objetivos da empresa, e a meta é expandir os horizontes para fora do Brasil. “Antes de procurarmos o SEBRAE, não sabíamos ao certo onde queríamos e podíamos chegar. Se antes achávamos o mercado interno um desafio, hoje já nos preparamos para conquistar o mercado externo. E só fazemos isso com segurança porque temos o planejamento amarrado e acompanhamos isso diariamente. Sempre sabemos qual o nosso próximo passo”, conclui Ana Carolina.

Na Foto: Marcelo Augusto Vaz e Ana Carolina Vaz, diretores da Dog's Care, juntos da cadela Mel, que é uma das tantas usuárias das fraldas ecológicas da empresa.

Os 5 erros comuns do empreendedor brasileiro

por Adm. Esp. Fernando Reis Neto

Uma coisa é certa, o brasileiro é empreendedor. Estamos na 7ª posição no ranking dos países onde seu povo tem maior iniciativa para abertura de seu próprio negócio.

Mas temos também outro dado significativo, e este não nos traz glória: 2/3 das empresas abertas em nosso país fecham as portas ainda no segundo ano de sua existência.

Isso deveria nos levar à reflexão sobre os possíveis problemas que causam tamanha mortandade de nossas jovens empresas, mas acostumamos a encobrir os nossos fracassos colocando comumente a culpa em vários outros fatores, sendo o Governo o mais comum (leia-se: da falta de incentivos, ao excesso de impostos).

Se fizermos um brainstorm e buscarmos analisar os reais motivos dessa “quebradeira” que assola 66% dos empreendedores, constataremos cinco outros motivos pessoais que vão além da política e da iniciativa/dependência pública (e que Paretto não me permita errar):

1. Desconhecimento do negócio

Abrir uma empresa não é gastar em uma boa estrutura física, em um ponto com boa visibilidade ou em uma rua movimentada, nem depende exclusivamente da “qualidade” do produto. Abrir uma empresa é planejar, segmentar-se, explorar nichos, determinar seu público, fazer propaganda e fidelizar o cliente. Mas, acima de tudo, abrir uma empresa é conhecer o negócio.

Vai vender peixes? Ótimo… Qual tipo? De viveiro, ou de mar? Espécies populares ou mais “sofisticadas”? Vai comprar onde e de quem? Vai estar congelado ou fresco? Vai vender por posta ou inteiro? Vai vender “tratado”? Qual o seu horário de trabalho? Vai abrir de manhãzinha ou no “horário comercial”? Qual sua margem de lucro?

As respostas para as perguntas acima – e para várias outras – devem ser respondidas quando se pensa em abrir uma empresa. E o produto final do processo de conhecer e planejar a empresa é o que se chama de Plano de Negócios, um documento fundamental para qualquer empresa.

É o Plano de Negócio que demonstra, quando bem elaborado, todas as forças e fraquezas que o seu negócio possuirá e, com isso, dará subsídios para que suas forças e recursos sejam bem empregados para o sucesso do seu empreendimento.

2. Desconhecimento do público-alvo (seu cliente)

Nada é mais frustrante para um empreendedor que investir seus esforços e seus recursos em um negócio que não dá certo.

Você tem o produto certo, com um preço justo, um bom ponto de vendas e ótimas instalações, mas os clientes não aparecem. Onde está o seu erro?

Na verdade, a primeira pergunta que deve ser feita é: Quem é seu cliente? Já imaginou, abrir boutique de roupas finas em vilas de veraneio, na praia, em pleno verão? Não seria melhor abrir uma boutique da Havaianas, por exemplo?

A segunda pergunta deve ser: Minha estrutura física está condizente com meu produto e meus clientes? Imagine, se você abre a tal boutique da Havaianas na frente da praia, e seus funcionários usam roupas esporte-fino em uma loja com candelabros e lustres de cristal. Pareceu estranho? Pois é! O seu cliente também achará…

A estrutura física é parte importante da imagem que sua empresa quer construir. Se o seu público-alvo é fã de chinelos, e sua loja está situada numa praia, talvez fosse melhor optar por um ambiente mais despojado, (mas nem por isso desleixado). Conhecer os clientes é tudo!

3. Falsa sensação de liberdade (Descompromisso)

Esse erro é clássico: “cansei de trabalhar pros outros, vou abrir meu próprio negócio”.

E vai trabalhar para quem? Para o consumidor/cliente. Ou você acha que só por ser proprietário, o dinheiro virá andando para a sua caixa registradora? Ser dono do próprio negócio envolve compromisso e suor, simpatia e sangue frio, jogo de cintura e muita, mas muita lábia e paciência.

O consumidor/cliente potencial de seu produto/serviço é bem informado e exigente. Não se contenta com pouco e nem se convence com qualquer coisa, independentemente de sua classe social.

Hoje o empreendedor deve ter em mente que ele vai trabalhar até mais que quando tinha “carteira assinada”. O que vale nesse momento é a paixão pela idéia, acreditar no seu potencial e a vontade de colher – à médio ou longo prazo – os frutos de seu trabalho. É preciso pé no chão!

4. Ausência de Planejamento

Imagine: organizar suas férias dá trabalho? E suas finanças?

Você pode até conseguir viajar pelo mundo sem nem um centavo no bolso e voltar ileso para casa – Deus sabe quando –, mas até para ficar em casa sem fazer nada é preciso planejamento.

O Planejamento Estratégico da sua empresa é tão necessário quanto a sua presença física na empresa. É momento de investir, ou de aguardar? O concorrente está abrindo uma filial. Devo segui-lo? É no Planejamento Estratégico que serão desenhados os horizontes que seu negócio enfrentará e como ele se sairá nesses cenários.

Sem informação, o risco de tomar a decisão errada é enorme. E se você não souber quem é, e nem para onde vai, aí, sim, não vai ter jeito: você corre o seríssimo risco de ir à pique.

5. Incompetência Administrativo-Financeira

Dinheiro da empresa é da empresa. Seu dinheiro é da empresa. O dinheiro da empresa não é seu.

Pode parecer estranho estar dizendo isso, mas muitos empreendedores tem a falsa impressão que o faturamento é lucro e se está no caixa, pode simplesmente pegar e sair para “curtir o sucesso”.

Uma empresa tem contas a pagar, como se fosse uma pessoa física: impostos, salários, manutenção do prédio, fornecedores, investimentos etc. Se for seu hábito pegar uns trocados do caixa, saiba que isso pode levá-lo à falência logo logo. É o pouco que entra todo dia que faz o muito do faturamento mensal.

E se você é daqueles que pegam o dinheiro no caixa e esquece que pegou, pior ainda… Você pode achar, no final do mês, que sua empresa está dando prejuízo, quando na verdade ela está indo muito bem. Pense nisso!
Esses são os cinco principais fatores pessoais que podem “quebrar” uma empresa. São falhas comumente apontadas em diversas pesquisas sobre empreendedorismo e que, infelizmente, ainda são reproduzidas nos ambientes de negócios.

No Brasil, existem empresas, organizações e serviços voltados exclusivamente para o empreendedor e para o micro e pequeno empresário, que vão desde o assessoramento na papelada de abertura da empresa, até concessão de empréstimos com juros e prazos subsidiados.

Infelizmente, ainda é burocratizado e longe do ideal, mas buscar auxílio de quem tem experiência e competência para deslanchar suas idéias em um negócio produtivo é o melhor a ser feito. É mais fácil administrar o que começa certo, do que remediar o que começou errado.

Por isso, se for abrir uma empresa, pense muito bem no que pretende por no mercado. Planeje, calcule, busque auxílio de profissionais habilitados, mude hábitos e prepare-se: o mundo da Administração é maravilhoso, mas é tão melindroso quanto uma estrada sinuosa em dia de chuva. Use a velocidade correta e tome as decisões acertadas, senão você pode derrapar na primeira curva com conseqüências inesperadas. Boa sorte!

Fernando Reis Neto é administrador formado pela Universidade Federal de Sergipe e Pós-Graduando em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Tiradentes. Atualmente trabalha como Técnico em Planejamento.

Fonte: http://www.sobreadministracao.com/os-5-erros-mais-comuns-do-empreendedor-brasileiro/

FGA ajuda a definir objetivos para laboratório

Há 34 anos no mercado, o Laboratório Rocha Lima, em São Caetano do Sul (SP), atuava num modelo de gestão que já dava indícios da necessidade de alterações significativas. Rafael de Menezes Padovani, sócio-diretor do laboratório tinha um pensamento: era preciso mudar para voltar a crescer. Foi por meio do Programa Ferramentas de Gestão Avançada (FGA) do SEBRAE que o empresário pode traçar novos objetivos estratégicos para a empresa.

No ano passado, impulsionado pelo programa, o negócio começou a dar resultados positivos e a crescer. Segundo Rafael, “já se podem ver os resultados deste programa na melhoria de nossos processos, no aumento no fluxo de nossos clientes e consequentemente no faturamento da empresa”. A consultora Tânia Macriani, da MHD Consultoria, acompanhou de perto o trabalho realizado para melhorar os objetivos estratégicos do laboratório.

Para o empresário, o FGA representou um marco de transformação na competitividade do Laboratório Rocha Lima. “Com sua metodologia prática, o Programa FGA facilitou o direcionamento estratégico do negócio, nos ajudou a traçar os objetivos da empresa, mostrou ações e indicadores que contribuem para o desempenho positivo de nossa trajetória”, afirma Padovani.

Na Foto: Planejamento bem estruturado para o ano de 2010 nas atividades do Laboratório Rocha Lima.

LEITURA: Empreendedorismo na Prática

“Empreendedorismo na prática”, de José Dornelas, trata do fazer acontecer pela ótica dos empreendedores brasileiros que já são bem-sucedidos. Seu diferencial está na aplicabilidade imediata dos conceitos.

O livro “Empreendedorismo na prática”, de José Dornelas, está estruturado de forma a permitir ao leitor o entendimento do porque se busca tanto rotular o que é ser empreendedor. Logo de início, coloca-se em discussão a grande ênfase que se dá na definição do perfil do empreendedor de sucesso, mostrando argumentos contrários e a favor desta linha de pensamento.

Em seguida, propõe que não existe um perfil único de empreendedor, e apresenta-se vários tipos de empreendedores. A parte central do livro é destinada ao entendimento do mais completo estudo realizado no País com empreendedores de sucesso. A partir de 399 entrevistas realizadas com empreendedores de vários setores, mitos são derrubados, verdades ratificadas, e muitas dicas e recomendações dos próprios empreendedores são apresentadas para tentar facilitar a jornada dos que pretendem empreender ou já estejam engajados no dia-a-dia do negócio próprio.

O leitor também tem acesso a um conjunto de testes e a uma versão especial do jogo de empreendedorismo Ottomax para desenvolver suas habilidades empreendedoras.

Palestrante, consultor, autor de livros best-seller e professor nas principais escolas de negócios do País, esta é a publicação mais recente do especialista.

Fonte: http://www.josedornelas.com.br/artigos/empreendedorismo-na-pratica/